terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Surf e fotos de nuvens de céu. Vai com ondas Ricardo Mega!

O  fotógrafo Ricardo Mega, 40 anos, faleceu vítima de infecção cerebral  que adiquiriu após um  Acidente Vascular Cerebral (A. V. C.),no dia  25 de abril de 2009. Após vinte dias de U.T. I. no Hospital Nereu Ramos em Florianópolis, foi Cremado e suas cinzas jogadas ao mar na praia do Campeche, localizada na costa leste de cidade.
Repórter-fotográfico dos jornais Diário Popular, Folha de São Paulo (caderno regional Folha Vale). Morou na Austrália visando obter fluência no idioma inglês onde atuou para ser fotógrafo e trabalhou como editor da Waverider Surf Magazine.  Na volta ao Brasil morou em São José de Campos, Mega foi  repórter-fotogrófico e mim foi repórter-polícia  nos conhecemos e nos tornamos amigos no  jornal ValeParaibano.
Mega foi morar em Florianópolis em 2000 para trabalhar como jornalista no “Diário Catarinense” e “A Notícia”. Escolheu mudar de cidade para poder ficar perto do mar e praticar seu esporte surfar.
 Em 2007 começou sua luta  contra um câncer de intestino. Era casado com Isabelle Paulo Búrigo. Sua grande amor essa era sua família, fotografia, surf, tinha cinco cão.

Morte... Recomeço... Vida...

No dia 28 de março de 2009 fui internada no Hospital São Luiz do Morumbi, cheguei lá com menos de 3 horas, depois dos primeiros sintomas do meu primeiro Acidente Vascular Cerebral (A.V.C.) Isquêmico fronto-têmporo-parietal esquerdo, por cerca de 40 dias fiquei internada, 30 dias em coma. “Os exames de imagem (RM de cabeça) da fase aguda demonstraram lesão isquêmica extensa no território da artéria cerebral média esquerda, com sinais de restrição à difusão,  compatíveis com infarto agudo, e oclusão do tipo embólica no ramo M1 desta artéria”, médica que cuidou de mim, Dra. Maramélia Miranda Alves.
“A arteriografia cerebral mostrou padrão oclusivo em M1 esquerdo e sinais de fibrodisplasia nas artérias vertebrais e carótida interna esquerda.  Tratamento trombolítico (rTPA) endovenoso na fase aguda do A.V.C.I., com parcial recanalização da artéria ocluída”, médica Maramelia, mestranda do setor de Doenças Neurovasculares da Disciplina de Neurologia da UNIFESP.

Sinais de Alarme do A. C. V.
 
 O A.C.V. é uma urgência neurológica e deve ser tratado prontamente. Para isto, os sintomas que acontecem na fase aguda devem ser reconhecidos.
Os sintomas mais freqüêntes são:

• Diminuição ou perda súbita de força na face, braço ou perna de um lado do corpo.
• Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos.
• Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar ou para compreender a linguagem.
• Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente.
• Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbro associado a náuseas ou vômitos.

Fatores de Risco

Existe uma série de fatores de risco para AVC. O principal deles, não modificável, é a própria idade. O envelhecimento aumenta o risco de  AVC. A partir dos 55 anos, a incidência de infarto cerebral duplica a cada década. Existem também diferenças raciais e de sexo na distribuição da arteriosclerose e da isquemia cerebral. A aterosclerose carotídea é mais freqüente em pessoas brancas do sexo masculino, enquanto que a arteriosclerose intracraniana é mais freqüente em pessoas negras.
 O principal fator de risco modificável é a hipertensão arterial. As pessoas com hipertensão arterial sistólica>160 mm Hg e diastólica > 95 mmHg têm risco relativo de AVC quatro vezes maior do que na população em geral. A hipertensão arterial isolada, mais freqüente na idade avançada, aumenta o risco de AVC.

Fatores de Risco para AVC

Não modificáveis

* Idade
* Sexo
*Fatores racias
*Fatores genéticos

 Modificáveis 

* Hipertensão arterial 
* Diabetes mellitus
*Doenças cardíacas
* Tabagismo
* Dislipidemias
* Etilismo
* Doença arteriosclerótica assintomática da artéria carotídea
* Acidente isquêmico transitório
* Obesidade
* Enxaqueca
* Inatividade física
* Hiperhomocisteinemia
*Uso de anticoncepcionais
* Uso de drogas simpático-miméticas
*Síndrome da apnéia obstrutiva do sono

 As cardiopatias constituem uma causa importante de AVC cardioembólico. Cardiopatia isquêmica (angina pectoris e infarto do miocárdio), hipertrofia ventricular esquerda, cardiomegalia (aumento do tamanho do coração visível nas radiografias de tórax) e insuficiência cardíaca se
associam a um risco aumentado de AVC. As placas de ateroma ulceradas no cajado da aorta, se maiores de 4 mm, também, estão associadas a aumento do risco. Existe uma série de cardiopatias que predispõem aos infartos cerebrais de origem cardioembólica.

Eu tive aos 34 anos A.V.C.I., por fatores genéticos.


Recomeça é dar uma nova chance a si mesma. Sábado, 28 de março de 2009.




 Por 2 anos e meio estudei Espanhol e Francês nas manhãs de sábado, fazia aulas particulares com o professor Nilson Noriega em casa onde morava eu e minha amiga Velma Gregório.
No sábado do dia 28/03/2009, depois a aula, almoçar.  Fui para casa do meu ex-namorado Carlos Kodel, que iriamos procurar apartamento para  mim, por que minha amiga Velma estava para casar (Daniel  Penteado, setembro), queria um apartamento próximo ao meu trabalho, que fica no Brooklin.
Fui ao evento na Cia Athletica onde trabalho, “Hora do Planeta de 2009-WWF”. Aulas de yoga a luz de vela e spinning zen às 20 horas. Eu, Chris Biltoveni, amiga e editora Boa Forma, e Gary Schulze, diretor Cia Athletica, estávamos na aula. Ao final da aula fomos tirar uma foto de professores e praticantes, quando a Chris percebeu que eu não conseguia falar.
Banheiro feminino academia fui com minha amiga Andréa Ervatti e me levou direto para o pronto-socorro do Hospital São Luiz Morumbi. Chris Biltoveni, Marcos Nisti (diretor de Marketing Cia Athletica), Raquel Candini, Velma Gregório, Daniel Penteado, Marta Lawson Cirne Lima, irmão Carlos Maia.
Hospital de médicos de Acidente Vascular Cerbral (A.V.C.). Agora é hora de reiniciar...