Eles costumam ser calmos, amáveis e super hospitaleiros. Possuem um jeito todo especial de encantar às pessoas e, principalmente, falar. “Uai”, “é bom demais, sô” e “trem” fazem parte do dialeto cotidiano desse povo. É uma maneira suave de falar e nos envolver em seus “causos”, pois ficam conversando sobre determinado assunto.
São conhecidos popularmente como os “come-quietos”. Às vezes nem percebemos suas ações. Mas no final, elas sempre aparecem. Adoram trabalhar em silêncio. E por falar em silêncio, sempre que possível gostam de ficar numa rede, bem longe da agitação da cidade. Barulho, apenas o da natureza e o da viola.
Na hora de trabalhar, não fogem da raia não. É um povo trabalhador, que gosta de acordar bem cedinho para contemplar o dia. Se for domingo, mais um motivo para despertar cedo. É despertar cedo. É preciso se preparar para ir ao Mineirão ver Clube Atlético Mineiro (Galo) e Cruzeiro Esporte Clube.
Fim de tarde nas Alterozas (como carinhosamente é chamada às Minas Gerais): é hora de tomar uma cervejinha no barzinho da esquina. E como tem bar nessa terra; um em cada esquina.
Na música, nunca se esquecem de suas raízes. Beto Guedes, Milton Nascimento, Paulinho Pedra Azul, Lô Borges, Pato Fu, Skank, Jota Quest, traduzem essa gente. Para quem pensa que Minas é apenas mais um estado qualquer do Brasil, se esquece de Tiradendes, Aleijadinho, Tancredo Neves, Pelé e muitas outras importantes que mudaram ou vêm mudando o contexto do país.
E se a fome chegar? Não é preciso se desesperar. Em pouco tempo, a mesa se enche de pão de queijo, tutu de feijão, angú, couve, leitoa à pururuca e o tradicional queijo mineiro, nunca se esquecendo da pinguinha.
Assim são os mineiros, ricos na cozinha, na música, na política, na fala e em sua história. Fazem de sua terra, seu orgulho e mostram que para ser feliz é preciso ter simplicidade e amor.