domingo, 29 de maio de 2011

O JEITO ALEGRE E ESPOTÂNEO DE SER MINEIRO. UAI!

Eles costumam ser calmos, amáveis e super hospitaleiros. Possuem um jeito todo especial de encantar às pessoas  e, principalmente, falar. “Uai”, “é bom  demais,  sô” e “trem” fazem parte do dialeto cotidiano desse povo.  É uma maneira suave de falar e nos envolver em seus “causos”, pois ficam conversando sobre determinado assunto.
São  conhecidos popularmente como os “come-quietos”.  Às vezes nem percebemos suas ações. Mas no final, elas sempre aparecem.  Adoram trabalhar em  silêncio. E por falar em silêncio, sempre que possível  gostam de ficar numa rede, bem longe da agitação da cidade. Barulho, apenas o da natureza e o da viola.
Na hora de trabalhar, não fogem da raia não. É um povo trabalhador, que gosta de acordar bem cedinho para contemplar o dia. Se for domingo, mais um motivo para despertar cedo.  É despertar cedo. É preciso se preparar para ir ao Mineirão ver  Clube Atlético Mineiro (Galo) e Cruzeiro Esporte Clube.
Fim de tarde nas Alterozas (como carinhosamente é chamada às Minas Gerais): é hora de tomar uma cervejinha no barzinho da esquina. E como tem bar nessa terra; um em cada esquina.
Na música, nunca se esquecem de suas raízes. Beto Guedes, Milton Nascimento,  Paulinho Pedra Azul, Lô Borges, Pato Fu, Skank, Jota Quest, traduzem essa gente. Para quem pensa que Minas é apenas mais um estado qualquer do Brasil, se esquece de Tiradendes, Aleijadinho, Tancredo Neves, Pelé e muitas outras importantes que mudaram ou vêm mudando o contexto do país.
E se a fome chegar? Não é preciso se desesperar. Em pouco tempo, a mesa se enche de pão de queijo, tutu de feijão, angú, couve, leitoa à pururuca e o tradicional queijo mineiro, nunca se esquecendo da pinguinha.
Assim são os mineiros, ricos na cozinha, na música, na política, na fala e em sua história. Fazem de sua terra, seu orgulho e mostram que para ser feliz é preciso ter simplicidade e amor.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Anjos da guarda: mãe Ana Terezinha.


Quando tive o Acidente Vascular Cerebral (A.V.C.), minha amada mãe, Ana Terezinha Maia de Resende, 73 anos, que mora no interior de São Paulo em um sítio, veio ficar em São Paulo para cuidar de mim, como já fizera uma vez voltou a trocar as minhas fraldas durante 3 mês, das  2 vezes que fiquei internada na Rede Sarah foi minha acompanhante em um lugar onde havia acompanhantes de pacientes de 20 e 40 anos. Mãe tinha tanta disposição ou mais que os acompanhantes de  20 anos passava mais de 15 horas por dia acordada ao meu lado, até os médico e enfermagem comentavam sobre sua força e disposição.
Ela é exemplo de vida, é batalhadora, é garra, é coragem, é muito alegre, sempre corre atrás do que quer e sempre consegui atingir seus objetivos.
Mãe me ensinou a ser mulher de verdade, a crescer e me tornar responsavel, a lutar pelos  direitos das diferenças, por que não temos que ser iguais, não existe uma formula para seguir, cada um faz seu caminho. Minha mãe que tem sempre uma palavra sábia e reconfortadora para me falar, e um colo acolhedor para  me dar, aquela forçona que faltava para eu me jogar atrás dos meus sonhos. É um privilégio enorme para mim trilhar a linda jornada da vida ao seu lado.

Mas o mais importante é que o meu mundo não é nada se você não estiver nele, Ana Terezinha.

Agradeço o Deus todos os dias por ser sua filha. Muita obrigada! Te amo eternamente!