terça-feira, 5 de abril de 2011

Um pouco do que já fiz...

Trabalhei durante 1 ano e 6 meses como repórter policial do Jornal ValeParaibano (O Vale). Fazia visitas em Delegacias Polícia Civil, centro, e Distrito Polícial, cinco dias na semana o distrito ficava no Jardim Indústrias e telefone para o Batalhões de Polícia Militar, em São José dos Campos, para saber das ocorrências.
Quarta-feira, 29 de julho de 1998, por volta das 11 horas telefonei para o Batalhão de policia e fui informada por um soldado feminino, que havia um assalto na agência do Banco do Brasil dentro do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Polícia esteve sob fogo cruzado
assaltantes sete homens pela portaria o Inpe. Três pessoas morreram um soldado da PM Donato Gomes Barbosa e dois assaltantes Genival César Andrade e Edmílson Albuqueque Vieira.
  
Eu e repórter-fotogrático Pedro Ivo Prates esteve sob fogo cruzado
 

"Trinta minutos de desespero e agonia... Esta foi a sensação de todas as pessoas que presenciaram o confronto de policias e assaltantes de banco na manhã de 29/07/98 no Inpe. Assim que cheguei ao local, desci do carro e comecei a correr em direção à portaria, sem saber ao certo o que o estava acontecendo. Foi quando fui advertida por um funcionário agachado no caminho.
“Volta para cá. Você que morrer?”, gritou o homem. Fui ao encontro dele e comecei a “conversar”. Nesse momento, não ouvíamos mais os tiros.
Em uma atitude repentina, levantei e resolvi me aproximar mais um pouco do confronto.  Tarde demais: o tiroteio recomeçou...
Tive tempo apenas de me jogar no chão e fechar os olhos. Levantei a cabeça apenas quando o segurança Ademir Zamperini caiu ao meu lado.
“Moça, eu to vivo!”, disse o segurança, que havia de ser libertado. Ele ainda teve tempo para pedir água e agradecer a Deus antes de entrar em estado de choque.
Realmente não sabia o que fazer. Gritava para as pessoas do outro lado da rua pedindo socorro, que veio em seguida.
Felizmente, tudo acabou... pelo menos para nós, meros espectadores da tragédia. As cenas, porém, não devem ser esquecidas tão cedo. Três pessoas morreram."
 

                                  Crédito: Pedro Ivo Prates
 
Parei de trabalhar como repórter policial depois da segunda ameaça de morte. Uma de um traficante da favela Santa Cruz, região central, e outra de um delegado, envolvimento de funcionários na facilitação de fuga no cadeião pública Putim, que eu havia feito a denuncia. Então mudei, fui para o Jornal Gazeta Mercartil, economia, finanças e negócios. Trabalhei na Gazeta Mercartil Vale do Paraíba por  3 anos e na Gazeta Mercartil de São Paulo por 2 anos. Trabalhei também como Assessora de Imprensa de cineasta Fernando Meirelles e da academia Companhia Athletica.