terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Morte... Recomeço... Vida...

No dia 28 de março de 2009 fui internada no Hospital São Luiz do Morumbi, cheguei lá com menos de 3 horas, depois dos primeiros sintomas do meu primeiro Acidente Vascular Cerebral (A.V.C.) Isquêmico fronto-têmporo-parietal esquerdo, por cerca de 40 dias fiquei internada, 30 dias em coma. “Os exames de imagem (RM de cabeça) da fase aguda demonstraram lesão isquêmica extensa no território da artéria cerebral média esquerda, com sinais de restrição à difusão,  compatíveis com infarto agudo, e oclusão do tipo embólica no ramo M1 desta artéria”, médica que cuidou de mim, Dra. Maramélia Miranda Alves.
“A arteriografia cerebral mostrou padrão oclusivo em M1 esquerdo e sinais de fibrodisplasia nas artérias vertebrais e carótida interna esquerda.  Tratamento trombolítico (rTPA) endovenoso na fase aguda do A.V.C.I., com parcial recanalização da artéria ocluída”, médica Maramelia, mestranda do setor de Doenças Neurovasculares da Disciplina de Neurologia da UNIFESP.

Sinais de Alarme do A. C. V.
 
 O A.C.V. é uma urgência neurológica e deve ser tratado prontamente. Para isto, os sintomas que acontecem na fase aguda devem ser reconhecidos.
Os sintomas mais freqüêntes são:

• Diminuição ou perda súbita de força na face, braço ou perna de um lado do corpo.
• Perda súbita de visão num olho ou nos dois olhos.
• Alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular e expressar ou para compreender a linguagem.
• Dor de cabeça súbita e intensa sem causa aparente.
• Instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbro associado a náuseas ou vômitos.

Fatores de Risco

Existe uma série de fatores de risco para AVC. O principal deles, não modificável, é a própria idade. O envelhecimento aumenta o risco de  AVC. A partir dos 55 anos, a incidência de infarto cerebral duplica a cada década. Existem também diferenças raciais e de sexo na distribuição da arteriosclerose e da isquemia cerebral. A aterosclerose carotídea é mais freqüente em pessoas brancas do sexo masculino, enquanto que a arteriosclerose intracraniana é mais freqüente em pessoas negras.
 O principal fator de risco modificável é a hipertensão arterial. As pessoas com hipertensão arterial sistólica>160 mm Hg e diastólica > 95 mmHg têm risco relativo de AVC quatro vezes maior do que na população em geral. A hipertensão arterial isolada, mais freqüente na idade avançada, aumenta o risco de AVC.

Fatores de Risco para AVC

Não modificáveis

* Idade
* Sexo
*Fatores racias
*Fatores genéticos

 Modificáveis 

* Hipertensão arterial 
* Diabetes mellitus
*Doenças cardíacas
* Tabagismo
* Dislipidemias
* Etilismo
* Doença arteriosclerótica assintomática da artéria carotídea
* Acidente isquêmico transitório
* Obesidade
* Enxaqueca
* Inatividade física
* Hiperhomocisteinemia
*Uso de anticoncepcionais
* Uso de drogas simpático-miméticas
*Síndrome da apnéia obstrutiva do sono

 As cardiopatias constituem uma causa importante de AVC cardioembólico. Cardiopatia isquêmica (angina pectoris e infarto do miocárdio), hipertrofia ventricular esquerda, cardiomegalia (aumento do tamanho do coração visível nas radiografias de tórax) e insuficiência cardíaca se
associam a um risco aumentado de AVC. As placas de ateroma ulceradas no cajado da aorta, se maiores de 4 mm, também, estão associadas a aumento do risco. Existe uma série de cardiopatias que predispõem aos infartos cerebrais de origem cardioembólica.

Eu tive aos 34 anos A.V.C.I., por fatores genéticos.


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